Entra em sua etapa final a obra da Subestação (SE) Ceriluz 03, no município de Ijuí. O empreendimento que vai reforçar o sistema de Distribuição da Cooperativa, teve sua Licença Prévia e de Instalação Unificada emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM no dia 13 de agosto de 2019 e a construção teve início efetivo no mês de março de 2020. Para a conexão ao sistema, será construída uma Linha de Transmissão entre a SE Ceriluz 3 e a SE Ijuí 2, da Eletrosul, que também está com a Licença de Instalação da FEPAM emitida desde 04 de novembro de 2020. A previsão é que a Subestação opere efetivamente a partir do mês de maio.

Atualmente todos os equipamentos de pátio já estão instalados, incluindo os transformadores, disjuntores, seccionadores e para-raios. Os barramentos de 69 quilovolt (kV) e de 23 kV estão mais de 90% instalados. As obras civis estão praticamente concluídas, incluindo a estrutura do prédio de comando. Também já está em processo de execução o comissionamento dos equipamentos de todo o sistema de pátio.

A Subestação será composta por dois transformadores de 10/12,5 Megavolt-ampere (MVA), totalizado uma potência final de 25 MVA. A próxima etapa do empreendimento contempla a instalação dos painéis no prédio de comando, cabeamento e interligações elétricas e seu comissionamento. A Cooperativa, aliás, já está com a autorização para a realização dos testes pré-operacionais, tanto da Subestação quanto da Linha de Transmissão.

Além da estrutura específica da subestação, outros investimentos foram necessários considerando a conexão da mesma com o sistema elétrico. Para atender aos associados, o que inclui um significativo número de indústrias, a Ceriluz construiu um novo alimentador, de 4,4 quilômetros de extensão, que parte do local da subestação, na Linha 01 Leste, e se estende paralela a RS-155, acessando as ruas Benjamim Barriquelo e Hermann Wasserman até chegar a BR 285, onde se conecta ao atual sistema de distribuição da Cooperativa. É um alimentador quadruplo, com redes compactas de 185mm, onde uma irá abastecer a região Norte de Ijuí, duas atenderão as empresas e indústrias de grande porte localizadas na área industrial do município e a quarta vai se conectar a Subestação Ijuí 01, da CEEE e abastecer a região leste, o que representará uma terceira opção de injeção de energia no sistema interno da Cooperativa.

A SE Ceriluz 03 também receberá energia gerada pela PCH Ijuí Centenária, de 7,9 Megawatts (MW) que está operando desde o mês de dezembro do ano passado e cuja Casa de Máquinas se encontra ao lado da Subestação.

Veja detalhes da Subestação na galeria a seguir.

CoronavrusNesta quinta-feira, dia 25 de fevereiro, o governo do Estado decidiu ampliar as restrições diante do crescimento do contágio da população pelo coronavírus e do pico de internações em leitos hospitalares desde o início da pandemia, o que já levou ao esgotamento de UTIs em algumas regiões. A principal medida anunciada pelo governador Eduardo Leite foi a suspensão temporária do sistema de cogestão regional e a vigência da Bandeira Preta do distanciamento controlado em todo o Estado, a partir desse sábado, 27 de fevereiro. Com isso, uma série de atividades passa por alterações, especialmente quanto ao atendimento dos clientes.

Conforme o decreto do governo do Estado, “os serviços de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, incluídos o fornecimento de suprimentos para o funcionamento e a manutenção das centrais geradoras e dos sistemas de transmissão e distribuição de energia”, são considerados Serviços de Utilidade Pública. Portanto, por serem essenciais, a Ceriluz mantém suas atividades no período de vigência da bandeira preta, garantindo o abastecimento de energia e também o atendimento presencial restrito em seus escritórios.

Contudo, considerando a gravidade do momento, adotará iniciativas internas no sentido de reforçar o cuidado com a saúde de seus colaboradores e associados, desde que, sem interferir no trabalho essencial. Com relação ao atendimento, a Cooperativa reforça o pedido para que os associados evitem procurar os escritórios para atendimento presencial, optando por outras formas de atendimento à distância, como os telefones 0800 051 3130 ou 0800 040 1010, as ferramentas de conversa das redes sociais - WhatsApp, Telegram, Facebook, Instagram - e o chat no site da cooperativa. Além disso, também no site, existe a Agência Virtual que permite uma série de solicitações e encaminhamentos. A grande maioria dos serviços pode ser equacionada de forma remota ou online. A Cooperativa ampliou e qualificou suas ferramentas de atendimento nos últimos meses considerando essa realidade da Pandemia do Coronavírus, que, infelizmente, se agrava a cada dia.

A Ceriluz Provedora de Internet registrou no último ano um aumento de 77,9% no número de conexões por parte dos associados da Cooperativa. Enquanto que em 2019 eram 2.204 usuários da internet Ceriluz, no final de 2020 esse número subiu para 3.921. Essa adesão por parte dos associados também exigiu da Ceriluz maior investimento em novas redes para atender essa demanda. A Cooperativa fechou o ano com um total de 2.543 quilômetros de redes, crescimento de 52% em relação aos 1.673 km de 2019.

O crescimento no número de conexões reflete a realidade do meio rural, onde está a maioria dessas conexões, em relação à oferta de internet de qualidade. Tendo até então como opção apenas Internet via rádio, os agricultores viram na internet por fibra óptica da Ceriluz uma nova ferramenta para a realização de suas atividades, tanto para relacionar-se ou buscar informações, quanto para concretizar transações financeiras, como emitir notas fiscais ou realizar pagamentos. A Pandemia do Coronavírus, que exigiu a maior permanência das pessoas em suas casas, também contribuiu para o crescimento dessa demanda.

De nada adianta, no entanto, o interesse da comunidade se a Cooperativa não estiver preparada para atender essa demanda. Nesse sentido a Ceriluz Provedora de Internet investiu aproximadamente de R$4,5 milhões na expansão da fibra óptica, apenas no ano de 2020. Com isso, desde quando a Ceriluz se inseriu nesse serviço, em 2015, já foram investidos mais de R$15 milhões, incluindo despesas com materiais, equipamentos e mão de obra.

Considerando esses investimentos, a Ceriluz Provedora de Internet já alcançou a cobertura de toda a área nos municípios de Ijuí, Bozano e Coronel Barros. O objetivo para 2021 é alcançar 100% também no município de Augusto Pestana e expandir o atendimento em Catuípe, Ajuricaba e Nova Ramada, locais onde a fibra óptica também já está.

Caso o associado resida em um desses municípios já pode buscar informações junto ao setor de atendimento da Cooperativa e verificar a possibilidade de implantar a internet em sua casa ou empresa. A Cooperativa oferece planos de 25, 50 e 100 Megabits (MB), nos planos Residencial e Empresarial, de acordo com as características e necessidades do usuário.

A Ceriluz registrou importante redução na produção de energia das suas usinas, comparando os anos de 2019 e 2020. No ano passado a Cooperativa gerou 82,7 milhões de kWh, número 38,6% menor em relação aos 134,7 milhões de kWh de 2019. No comparativo anterior, no período 2018/19, as usinas tinham apresentado crescimento de 8,7% em sua produção. O fator negativo nesse ano foi o clima, com um ano bastante seco, de poucas chuvas na região, comprometendo a manutenção dos níveis dos rios. Todas as usinas da Cooperativa apresentaram queda em seus resultados.

A PCH José Barasuol, instalada no rio Ijuí, a maior usina da Cooperativa, apresentou redução de 40,47% na sua geração, totalizando 50,3 milhões de kWh em 2020, considerando a Casa de Máquinas Principal e a minicentral, enquanto que em 2019 esse número foi de 84,6 milhões de kWh.

Já a PCH RS-155, também no leito do rio Ijuí, alcançou uma produção de 21,1 milhões de kWh, 36,8% menor que os 33,3 milhões de 2019.

A CGH Nilo Bonfanti apresentou um índice de queda ainda maior, de 45,4%, mas com menor impacto. Sua produção passou dos 1,4 milhões de kWh em 2019 para 775,7 mil kWh no ano passado.

Outra usina contabilizada nesse resultado é a CGH Agudo, implantada no município Zortéa, em Santa Catarina, em parceria com investidores. Essa usina produziu um total de 8,9 milhões de kWh, menos 42,1% em relação a 2019, quando gerou 15,4 milhões de kWh.

E a novidade nesse levantamento, em relação ao ano de 2019, é a geração da PCH Ijuí Centenária, que acrescentou um total de 1,4 milhões de kWh aos números finais, gerados em um período de pouco mais de um mês. Esta usina começou a operar em testes no dia 26 de novembro de 2020, já contribuindo com o Sistema Interligado Nacional. A autorização para Operação Comercial pela Aneel, por sua vez, se deu no dia 19 de dezembro.

Para o ano de 2021, além da expectativa para um ano melhor para a geração de energia a partir de chuvas mais regulares, irão se inserir a esses números finais outras duas usinas desenvolvidas em parcerias com outras cooperativas e empresas. A PCH Forquilha IV, de 13 MW, localizada entre os municípios de Machadinho e Maximiliano de Almeida, no Rio Grande do Sul, que recebeu autorização para operação comercial no último dia 29 de janeiro e a CGH Igrejinha, de 4,85 MW, que está em fase de instalação de equipamentos e início dos testes.

O grande desafio das distribuidoras de energia em 2020 foi garantir a qualidade da energia para todas as classes, sem descuidar da segurança e da saúde de seus colaboradores e consumidores. No caso da Ceriluz, diferente do que se viu no contexto elétrico nacional, novamente ocorreu o aumento da demanda de energia por parte dos associados, apesar de algumas mudanças nas características de consumo. A Cooperativa forneceu 9,45% mais energia em relação a 2019, totalizando a distribuição de 145,3 milhões de KWh.

O índice foi puxado principalmente pela demanda da Classe Rural, que no ano que passou cresceu 22,5%, chegando aos 63,4 milhões kWh. E o crescimento dessa classe se deu principalmente pela influência de um grupo de consumo bem específico: os irrigantes. O Consumo para irrigação das culturas dobrou em relação ao ano anterior, passando dos 7,9 milhões de kWh para 16 milhões kWh, crescimento de 102,3%. Com esse resultado a Classe Rural voltou a se sobressair entre as classes consumidoras. Em 2019, a demanda da Classe Rural e da Industrial esteve muito próxima. Já em 2020 o crescimento da classe Industrial foi mais discreta, de 4,5%. As Indústrias consumiram 49,3 milhões de kWh, representando 33,9% de toda a demanda da Cooperativa enquanto a Rural foi responsável por 43,6% de todo o consumo registrado.

A Classe mais afetada pela Pandemia, com reflexos no consumo de energia, foi a Comercial. Essa, que vinha apresentando crescimentos em outros comparativos, em 2020 registrou queda de 10,05% na demanda, com consumo de 13,7 milhões de kWh, menor que os 15,2 milhões kWh de 2019. Reflexos de estabelecimentos comerciais fechados em alguns períodos e a maior permanência das pessoas em suas residências. Aliás, o consumo da Classe Residencial apresentou crescimento de 2,26%. Quem também apresentou redução de demanda foram os órgãos e serviços públicos, de 9,07%, em média.

Esse resultado médio positivo não é exclusividade da Ceriluz, mas retrata o trabalho das demais cooperativas gaúchas. Um levantamento feito pela Federação das Cooperativas de Infraestrutura do RS (FECOERGS) registrou aumento de 8,4% no fornecimento de energia por parte de suas filiadas. Igualmente, destaque para o crescimento do consumo das classes Rural (15,3%), Residencial (8,9%) e Industrial (3,9%). A Classe Comercial também no cenário estadual apresentou retração de 6,2% em seu consumo de energia.

A autorização para operar foi concedida pela agência reguladora após a conclusão da subestação seccionadora, também construída no município de Maximiliano de Almeida, que faz a conexão da PCH ao Sistema Interligado Nacional. O presidente da Ceriluz, Iloir de Pauli, comemora essa conquista. “É mais um importante empreendimento em geração de energia, viabilizado por meio de parcerias com outras cooperativas e o setor privado. Demonstra a força que tem a Cooperação para o desenvolvimento do Estado e do País”, afirma. O presidente lembra que é a segunda usina com participação da Ceriluz a entrar em operação em um período de pouco mais de um mês. No dia 19 de dezembro de 2020 a Aneel também publicou no Diário Oficial da União a autorização para operação comercial da PCH Ijuí Centenária, de 7,9 MW, construída em Ijuí, cujo capital é 100% da Ceriluz. “Essas obras representam nossa capacidade de planejarmos e executarmos grandes projetos de geração na busca pela ampliação das receitas, que retornam aos associados na forma de qualidade de energia e valores justos”, avalia. Outra usina cuja obra se encontra em fase final é a CGH Igrejinha, em construção no município de Boa Vista do Cadeado, em parceria com a Coprel, de Ibirubá. A usina já possui licença para operação em teste e deve ser finalizada ainda no primeiro semestre de 2021.

A PCH Forquilha IV teve início em 2018, estendendo-se por período de dois anos. No ano de 2017 o empreendimento foi um dos vencedores do leilão de energia A-6 realizado pelo governo federal, com entrega prevista para 2023, por um período de 30 anos.  A PCH teve um investimento aproximado de R$ 78 milhões.

 

 

Usina em números

  • Investimento - R$ 78 milhões
  • Barramento - 282 metros de comprimento e 6 metros de altura;
  • Lago - 41 hectares;
  • Canal de adução - 539 metros de extensão;
  • Potência instalada -13 MW;
  • Três turbinas Kaplan - 4.351 kW cada;
  • Três geradores - 4.850 kVA;
  • Uma subestação elevadora de tensão para 69 kV;
  • Linha de transmissão - 8,7 quilômetros;
  • 250 empregos diretos e indiretos gerados durante a construção.

Subestação seccionadora

  • Investimento R$ 7 milhões;
  • Área 4.255 m² - com capacidade para ampliação;