Entre os meses de agosto a dezembro desse ano a Ceriluz concedeu um desconto nas faturas de energia dos seus associados do Grupo B. Esse desconto representou uma redução média de 15,59% sobre as tarifas e foi concedido com o objetivo de anular o reajuste definido para essa classe pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no reajuste anual, para o período tarifário 2022/23. Na prática, os associados do Grupo B1 Residencial receberam em sua conta de energia um desconto de 10,41%, enquanto que os associados B2 Rural, receberam um desconto de 18,05%.

Considerando os meses em que o desconto esteve em vigor, de agosto a dezembro, um total de R$1,5 milhão deixou de ser cobrado nas faturas de energia dos associados, valor este que foi absorvido pela Ceriluz. O desconto vigorou até esse mês de dezembro, sendo percebido ainda nas faturas deste mês de janeiro, descrito como DESCONTO ASSOCIADOS. “Uma decisão de fazer um desembolso do caixa da Cooperativa para sanar algum impacto financeiro do associado precisa ser muito bem analisado, mas conseguimos fazer um planejamento financeiro para absorver esse reajuste e não repassá-lo aos associados. Assim, nosso associado do Grupo B, que representa 98% do quadro social, seguiu pagando a mesma tarifa atribuída a ele antes da data do reajuste, em julho”, avalia o presidente da Ceriluz Distribuição, Guilherme Schmidt de Pauli.   

A direção da Ceriluz já pensa em novas estratégias com o objetivo de não elevar as contas de energia do associado. Nos próximos meses entra em operação a CGH Augusto Pestana, usina cujo formato de gestão visa reverter os resultados para a redução das tarifas de energia dos associados. Ela será inserida no sistema como Geração Distribuída (GD) e seus resultados serão revertidos aos associados na forma de desconto. “Simplificando, será como se todos os associados tivessem lá em sua casa uma GD e gerassem sua própria energia”, explica Guilherme. Outros projetos de pequeno porte estão em andamento, com esse mesmo objetivo.

Guilherme de Pauli site2022É com muita alegria que dirijo algumas palavras aos nossos associados, pela primeira vez como presidente da Ceriluz Distribuição. Quero inicialmente agradecer ao voto de confiança dado pelo nosso quadro social ao aceitar a ideia de sucessão proposta pelo presidente Iloir de Pauli e os demais conselheiros dessa Cooperativa. É um desafio do tamanho da Ceriluz, mas o fato de termos ao nosso lado, grandes líderes preparados e com conhecimento sobre o setor elétrico, nos dá mais tranquilidade. De fato, hoje, é impossível administrar uma cooperativa de distribuição de energia sem ter profundo conhecimento sobre o setor elétrico, regulado e complexo. Atuo há mais de 15 anos na Ceriluz onde passei por diversos setores, o que já proporciona algum conhecimento para dar andamento a esse trabalho importante, mas claro, seguindo com o processo de aprendizagem e evolução.

No ano em que muitas vezes os fatores econômicos chamaram a atenção foi o lado humano o nosso foco. Após dois anos de restrições, por causa da pandemia, estes últimos meses foram voltados a trabalhar o relacionamento com nosso quadro de associados. Aos poucos nossos eventos estão voltando e podemos novamente reencontrar nossos associados, nossos amigos, cumprimentá-los e abraçá-los. Essa proximidade é fundamental dentro de uma Cooperativa, afinal, ela é feita de pessoas para pessoas. Foi nesse momento de dificuldades econômicas, com reflexos da estiagem e de alta na inflação, que tomamos a decisão de conceder um desconto aos nossos associados do Grupo B, logo após a definição, pela ANEEL, do nosso reajuste Anual. Anulamos um reajuste de mais de 15% nas tarifas de 98% de nossos associados, o que representou, entre agosto e dezembro, a distribuição de mais de R$1,5 milhão. Uma decisão difícil, mas importante. Reflexo de investimentos em usinas que nos permitem receitas para aplicar no desenvolvimento social e humano.

O ano de 2022, contudo, também esteve cheio de desafios para garantir energia de qualidade aos associados, especialmente nos meses de verão, que apresentaram temperaturas elevadas. Se por um lado isso provoca o aumento do consumo de energia por nossos associados, por outro traz dificuldades para a operacionalização do sistema e seus equipamentos. Felizmente, mais uma vez nossa infraestrutura mostrou estar preparada para atender nossos associados em momentos críticos, graças aos muitos investimentos realizados em subestações, bancos reguladores, transformadores, recondutoramento de redes, entre outros. Isso nos mostrou, realmente, que a Ceriluz está “Estruturada Para Atender Você”, nome de uma campanha que idealizamos apara mostrar o quão vital é nossa energia para atendimento de diversos setores produtivos, como o Agro, a Indústria e o Comércio, e também setores essenciais, como Saúde, Educação e Segurança.

Temos mostras de que 2023 será novamente quente, em temperaturas, mas também em calor humano. Queremos estar cada vez mais próximos de vocês associados, para que possamos nos conhecer melhor e juntos abrirmos portas que nos levem a dias cada vez melhores.

 GUILHERME SCHMIDT DE PAULI - Presidente Ceriluz Distribuição

Iloir de Pauli site2022Mais um ano se vai com uma velocidade que às vezes nos dá vertigens. Sabemos que os minutos, horas, dias e meses não se alteram, mas a sensação que temos é que cada vez corremos mais para alcançar nossos objetivos. Aqui na Ceriluz isso não é diferente. São inúmeros projetos em andamento, todos eles essenciais para se garantir a qualidade de energia aos nossos associados.

Especificamente na Ceriluz Geração, nesse ano tivemos a oportunidade de iniciarmos dois novos projetos de usinas, ambas, com propostas bem distintas. A primeira, já em fase de conclusão, é a CGH Augusto Pestana, de capacidade para gerar 1,4 Megawatts, que terá como finalidade reduzir as tarifas de energia de nossos associados consumidores de energia. Isso porque ela entregará energia no sistema de Geração Distribuída (GD), exatamente como fazem alguns de nossos associados ao instalar geração própria em suas residências. A diferença é que, ao invés de beneficiar um consumidor, essa geração será dividida entre todos os nossos associados. É uma energia que deixa de ser comprada para abastecer nossos associados e, portanto, que não será cobrada nas faturas de energia. O outro projeto, por sua vez, é estruturante. A PCH Linha Onze Oeste, no município de Coronel Barros, é uma usina de porte maior e que terá a capacidade de gerar 23,6 MW. Ela dará robustez ao sistema, garantindo qualidade e equilíbrio no abastecimento. Ambas, no entanto, com um papel ambiental muito relevante, geração de energia tão limpa que as duas unidades geradoras estão enquadradas como geradoras de crédito de carbono, o que vai agregar receita à cooperativa, além daquela resultante da sua geração de energia. Parte dessa receita, dos créditos de carbono, também esperamos reverter para nossos associados na forma de redução de tarifas. Usinas que representam não apenas energia forte e constante, mas trazem consigo um papel social muito relevante no atual contexto mundial, de crescimento do consumo de fontes energéticas poluentes e caras.

Realmente esses dois projetos marcam o ano que passou. Contudo, foi também um ano de pensarmos na continuidade do nosso trabalho. Foi com esse objetivo, de ter alguém preparado para seguir cuidando da Ceriluz, que em fevereiro, em nossa assembleia, demos um primeiro passo rumo à sucessão na Ceriluz. Nós, conselhos da Cooperativa, indicamos o nome de Guilherme Schmidt de Pauli para assumir a Ceriluz Distribuição, enquanto sigo à frente da Ceriluz Geração e do grupo. Está sendo um momento de preparação de um novo gestor, que em pouco tempo já demonstrou toda a sua capacidade e comprovou-se preparado para a função, trazendo novas ideias e inovações, sempre focadas nos associados.

Mudar é sempre muito difícil, mas precisamos saber quando chega esse momento, para que ele não ocorra de forma abrupta, mexendo com as estruturas da cooperativa, como já vimos em outras situações. A sucessão precisa ocorrer de forma natural e contínua, para que assim possamos seguir sempre inovando e crescendo junto de nossos associados. Que venha 2023 e traga junto seus desafios. Estaremos com fôlego renovado para encará-los.

ILOIR DE PAULI - Presidente da Ceriluz Geração

As equipes da Ceriluz e terceirizadas iniciaram nesse mês de dezembro a perfuração do túnel adutor da Pequena Central Hidrelétrica Linha Onze Oeste, em construção no município de Coronel Barros. Até esse dia 15 de dezembro dez metros de túnel já haviam sido escavados. O túnel está entre os maiores desafios do empreendimento, por ter uma extensão de 2,9 mil metros, com 12 metros de largura e 7,45 metros de altura, com previsão de ser finalizado em 14 meses. No primeiro momento a perfuração do túnel teve início pelo lado da barragem, no emboque, no entanto, serão instaladas duas frentes de trabalho, que irão atuar 24h/dia, nos dois sentidos - emboque/desemboque e desemboque/emboque – que devem se encontrar ao final das escavações. Para a perfuração do túnel está prevista a retirada de mais de 231,7 mil metros cúbicos de rocha. Sobre isso, até o momento, apenas nas escavações a céu aberto, calcula-se a retirada de 140 mil metros cúbicos de rocha do terreno.

O início da perfuração do túnel adutor foi precedido por um cuidado em relação à segurança dos trabalhadores. Antes do início das escavações foi realizado o chamado “Bate Choco” nos espelhos do túnel, ou seja, a verificação de rochas soltas no emboque e desemboque do túnel, que poderiam oferecer riscos de desabamento. Após a retirada das rochas soltas foi feita uma concretagem minimizando riscos para as equipes que trabalham na perfuração do túnel. Todo esse trabalho está sendo realizado pela empresa Pedra Branca, do Paraná, que já perfurou os demais túneis das outras usinas da Cooperativa.

Paralelo a esse trabalho já está em construção a barragem da usina. O projeto prevê sua construção em blocos, 16 no total. Junto ao corpo da barragem também foi iniciada a construção civil da comporta de fundos. Essa usina terá uma capacidade instalada de 23,6 Megawatts, sendo que para atingir a potência projetada será construída uma barragem de 6,48 metros de altura, que deve gerar um reservatório de 42 hectares, no leito do rio em sua maior parte.

Chegou nessa semana, mais precisamente na quarta-feira, dia 07 de dezembro, o grupo gerador da Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Augusto Pestana. O conjunto é composto por distribuidor, turbina e gerador. Logo após a chegada, com uso de um guindaste, todos os equipamentos foram baixados de forma individualizada para dentro da estrutura da Casa de Máquinas, já sendo montados no local definitivo, trabalho que deve se estender até terça-feira, dia 13. Esse trabalho de montagem do equipamento é feito pela equipe das empresas Hacker Industrial e Automatic, fornecedoras do grupo gerador, que serão responsáveis também, posteriormente, pelo processo de comissionamento da parte mecânica e de automação da usina, o que deve acontecer em janeiro, antes da operação comercial.

Grupo Gerador CGH AP 10O grupo gerador da CGH Augusto Pestana apresenta uma característica específica em relação às demais usinas da Ceriluz. A turbina e o gerador constituem um equipamento unificado, que ficarão submersos e envelopados em concreto. Essa última concretagem será realizada nos próximos dias, logo após a conclusão da instalação. Paralelo a isso está em construção da subestação elevadora de tensão, de 2,3 KVA para 23 KVA, além do sistema de geração e quadros de comando. A previsão dos engenheiros é que a usina entre em operação no mês de janeiro, inicialmente em testes, e definitivamente em fevereiro, no sistema de Geração Distribuída, totalizando exato um ano de instalação.

A CGH Augusto Pestana fica localizada no Distrito de Arroio Bonito, no rio Conceição, nos fundos do Parque de Exposições Alfredo Schimidt, no município que lhe dá nome. A CGH tem uma barragem de 100 metros de largura e 4,2 metros de altura. Ela contará com uma turbina com capacidade para 30m³/s, e um gerador de 1,4 MW. Essa capacidade instalada será possível a partir de uma queda de seis metros, entre o ponto de coleta da água na barragem e o ponto da turbina hidráulica.

A Ceriluz esteve na sexta-feira, 25 de novembro, participando da 8º EXPOCELB, feira de Coronel Barros, onde apresentou, às 19h, uma mostra do andamento das obras da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Linha Onze Oeste, empreendimento em construção naquele município. A Cooperativa foi representada pelo presidente da Ceriluz Distribuição, Guilherme Schmidt de Pauli, que apresentou aos presentes a estrutura projetada para a usina, uma atualização da obra, com fotos e vídeos, e a projeção de resultados para a Ceriluz e o município sede.

EXPOCELB 2022 1“Muito importante estarmos aqui hoje apresentando para a comunidade de Coronel Barros o andamento desse importante projeto. Com certeza é um empreendimento que chama a atenção de todos e gera muita curiosidade pelo seu porte, então, hoje, queremos mostrar um pouquinho do que ela representa para a Ceriluz e para Coronel Barros”, afirmou Guilherme. O presidente destacou ainda o crescimento da geração de energia da Cooperativa nos últimos anos, especialmente a partir do início desse século, o que representou a melhora da qualidade da energia, com reflexos diretos no atendimento aos associados, colocando a Ceriluz entre as melhores distribuidoras do país.

A Cooperativa também esteve integrando a feira com um espaço na Casa da Cultura, anexo ao estande da prefeitura, com materiais informativos à disposição dos visitantes. A feira iniciou na quinta-feira, dia 24 e se estendeu até o domingo, 27 de novembro, com diversas atrações na área de negócios e cultura.