Desde o dia primeiro de outubro está em andamento na Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai o chamado Período da Piracema, época do ano onde os peixes intensificam sua migração com a finalidade de reprodução e cuja interferência de forma inadequada pode prejudicar a multiplicação das diferentes espécies migradoras. Por isso, até o dia 31 de janeiro, são maiores as restrições de pesca nos rios.

2024 OsvaldoJrA pesca em condições irregulares é considerada crime ambiental e o infrator está sujeito a punições nas esferas administrativa, civil e penal, como multas e prisão. “A Piracema é um período onde há um aumento nos índices pluviométricos e na temperatura da água e do ambiente. Isso gera uma excitação no peixe que entende que é momento de reproduzir”, explica o biólogo Osvaldo Onghero Jr, proprietário da empresa Ambiverse Desenvolver, que presta consultoria ambiental às usinas da Ceriluz. O biólogo explica, contudo, que nem todos os peixes realizam grandes migrações para se reproduzirem, sendo esses denominados de migradores laterais e que se reproduzem o ano todo. As regras, no entanto, se aplicam a todos. “Nesse período, chamado também de Período de Defeso, há regras que impossibilitam a pesca, principalmente com redes, tarrafas e espinheis, mas possibilitam a pesca amadora, com uso de anzóis e linhas”, salienta Osvaldo.

Restrições nas usinas – Durante todo o ano a pesca é proibida a uma distância de 200 metros de qualquer estrutura de usinas. Porém, na Piracema, essa distância sobe para 1.500 metros. Com o objetivo de inibir e controlar a pesca predatória nesses locais a Ceriluz dispõe de câmeras de segurança que permitem a visualização em tempo real das áreas das usinas pela sua Central de Operação da Geração (COG) e a fiscalização é ampliada pela Patrulha Ambiental.

Quanto aos impactos dessas usinas para a migração dos peixes Osvaldo destaca que eles são pequenos. “As hidrelétricas da Ceriluz são de pequeno porte e com barragens de pouca altura, que foram licenciadas pela Fepam, que determina condicionantes que a Ceriluz cumpre e nós executamos, incluindo o resgate e a realocação de peixes, se necessário”. Porém, as características dessas usinas de pequeno porte, em geral, geram janelas que permitem a sua transposição pelos peixes migradores, como explica Osvaldo. “O peixe só migra quando há uma alta na temperatura e na vazão do rio. Nesse período de maiores cheias geralmente o barramento dessas hidrelétricas fica quase inexistente, permitindo que ele passe”. No caso de barragens mais altas, como da PCH José Barasuol, de dez metros de altura, a Ceriluz usa um sistema de transposição de barragens, denominado de Escada de Peixes implantada no local desde o início da operação da usina.

Risco de afogamento – Além de caracterizar um crime ambiental, a pesca nas áreas de barragem também oferece risco de afogamentos, considerando a variabilidade do nível das águas. Da mesma forma há esse risco para situações de práticas de lazer (banho) ou esportes náuticos, igualmente proibidos. Como forma de orientação há placas de sinalização fixadas nos arredores das usinas informando sobre as áreas de restrição.

Para saber mais, assista ao episódio 12 do Podcast Além da Energia, onde apresentamos a entrevista completa com o biólogo Osvaldo Onghero Jr., acessando nosso canal do youtube AQUI.

Na terça-feira, 05 de novembro, a Ceriluz realizou atividade de encerramento do Projeto Água Viva 2024, voltado à educação ambiental. O evento reuniu mais de 150 estudantes de escolas rurais da área de atuação da Cooperativa, que participaram de diversas atividades na PCH Ijuí Centenária, localizada ao lado do rio Potiribu, em Ijuí. Ao longo do dia estiveram presentes no local alunos e professores das escolas Santana, 24 de Fevereiro, 06 de Agosto e Joaquim Nabuco, de Ijuí, e Euzébio de Queiroz e Marcelino Champagnat, de Catuípe.

Os alunos participaram de visitas guiadas na usina, onde puderam entender o processo de geração de energia, passando pela barragem, casa de máquinas e Áreas de Preservação Permanentes (APPs). Outra atividade marcante foi a visita ao moinho centenário da Família Wazlawick, onde os jovens conheceram a importância da água na formação das comunidades, que se instalavam próximas aos rios para o uso da água no dia a dia. A visita contou com a participação de Iris Bock, filha dos antigos proprietários da área, e seu esposo Erhart Bock, que compartilharam histórias sobre o local. Além do moinho, o espaço abrigava também uma serraria e um soque de erva-mate, todos movidos pela força da água do rio, que era usado também para a extração de areia para construção civil.

"A intenção de nossas atividades foi mostrar aos alunos a importância da água em nosso cotidiano. Preservar nascentes e rios vai além de um conceito ambiental, mas é essencial para sustentar nosso modo de vida, que depende fortemente da água para as atividades sociais e econômicas", explicou o coordenador do projeto, Romeu de Jesus. "Um exemplo claro é a energia, tão essencial para nós, e que no Brasil ainda é majoritariamente gerada por fontes hídricas, o que é muito positivo, pois trata-se de uma energia limpa e de baixo impacto," ressaltou Romeu.

Os estudantes também aprenderam mais sobre o ciclo da água e a cadeia alimentar dependente da preservação das nascentes e rios, participando de oficinas sobre a microfauna desses ambientes (macroinvertebrados bentônicos), coordenadas pela engenheira química e mestre em sistemas ambientais, Márcia Sostmeyer Jung, e por bolsistas do Programa de Educação Tutorial do curso de Ciências Biológicas (PET) da Unijuí.

O Projeto Água Viva foi realizado ao longo de 2024, com palestras nas escolas participantes sobre o ciclo da água e as características de nascentes preservadas. Também inclui a visita a uma nascente preservada. Além do trabalho de educação ambiental, o projeto inclui desde 2021 ações de recuperação e proteção de nascentes de propriedades de associados da Ceriluz.

Na terça-feira, 22 de outubro, a Ceriluz realizou Desligamento Programado no município de Santo Augusto, no período das 09h às 15h. O objetivo foi implementar melhorias na saída da Subestação Ceriluz 02 e no sistema de distribuição de energia a partir dela. A principal intervenção feita foi a instalação de um banco de capacitores anexo à subestação, que consiste em painéis elétricos destinados a controlar as oscilações de potência em uma rede elétrica, corrigindo o fator de potência e compensando o excesso de energia reativa. De forma simplificada, esses capacitores ajudam a reduzir as perdas no sistema de distribuição, especialmente as aquelas geradas pelos próprios equipamentos (como motores e transformadores), que utilizam energia reativa para funcionar. Dessa forma, a compensação feita pelos capacitores evita que essa perda afete a qualidade da energia entregue aos associados.

Ao todo, foram instalados cinco capacitores na região, totalizando uma potência instalada de 3,6 Megavolt-Ampère (MVA), sendo três localizados na SE Ceriluz 02 (1,5 MVA) e os outros dois na rede, nos municípios de Chiapetta e Nova Ramada (2,1 MVA). Quatro desses capacitores são operados remotamente, enquanto o quinto requer operação manual.

Outros investimentos semelhantes já foram realizados nas demais subestações da Cooperativa. A SE Ceriluz 01 possui dois capacitores instalados em sua estrutura física, com potência total de 2,7 MVA, além de outros dois nas comunidades de Esquina Neves e Colônia das Almas, em Catuípe, de 300 KVAr cada. Já a SE Ceriluz 03 possui um banco de capacitores com capacidade de 1,2 MVA.

Os colaboradores da Ceriluz, Rogério Kamphorst, Nilson Mazurana e Laercio Gabbi, participaram do evento Brasil Energy Tech 2024, realizado de 15 a 17 de outubro, em Balneário Camboriú. O evento teve como foco o desenvolvimento, eficiência e inovação no setor elétrico e reuniu líderes e especialistas do setor de energia, com o objetivo de debater tendências e apresentar soluções que impulsionem o desenvolvimento das distribuidoras de energia no Brasil.

EnergyTech03Durante o encontro, foram discutidas inovações voltadas à transformação digital das distribuidoras, com destaque para tecnologias que aprimoram a eficiência operacional, a sustentabilidade e a modernização da infraestrutura de distribuição. O evento abordou temas como redes inteligentes, automação de processos e a integração de fontes de energia renovável, reforçando a importância da inovação no atendimento ao consumidor e na melhoria da qualidade dos serviços. Entre as inovações apresentadas, destacam-se tecnologias de telemedição automatizada, soluções em cabos flexíveis de alumínio para baixa tensão, e o uso de cruzetas de fibra de vidro em redes de distribuição. Especialistas discutiram temas focados no mercado livre de energia.

Os representantes da Ceriluz tiveram a oportunidade de conhecer novas ferramentas e soluções tecnológicas que poderão beneficiar diretamente os associados da Ceriluz, contribuindo para os avanços no fornecimento de energia, tornando o serviço mais sustentável e eficiente.

A Ceriluz Provedores de Internet e Coprel Telecom uniram forças, num exemplo de intercooperação, para fortalecer os serviços de provimento de internet aos associados. A partir desse mês de outubro, o sistema de telecomunicações da Ceriluz Provedores de Internet passa a integrar os negócios da Coprel Telecom. Essa união tem como objetivo aprimorar a conectividade do usuário de internet, mantendo a qualidade e o compromisso de sempre.  Leia a seguir nota de esclarecimento da direção do Grupo Ceriluz sobre a decisão.

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Nota de Esclarecimento

A pouco mais de uma década a direção da Ceriluz e seus colaboradores identificaram uma carência em nosso meio rural: internet de qualidade. Com base nesse diagnóstico construído pelas nossas experiências diárias na distribuição de energia, pelos diálogos com nossos associados, decidiu-se pela criação de uma empresa que suprisse essa necessidade. Assim foi feito e em 2016, surgiu a Ceriluz Provedores de Internet. De alguma forma a Cooperativa reassumiu aquele compromisso pioneiro, levando um serviço muito necessário para seus associados desassistidos pelas grandes empresas. Só que ao invés de energia, o serviço agora era a internet.

Entendíamos a necessidade de internet dos nossos associados como um papel social da Ceriluz. Queríamos que nossos associados pudessem usufruir de uma internet de qualidade, igualando-se aos usuários da área urbana, afinal, trata-se de uma ferramenta indispensável nos tempos atuais para a comunicação, trabalho e lazer. E para ser assim, definimos por levar internet exclusivamente por fibra óptica a todos que tivessem interesse. Focamos nos nossos associados, não expandindo para as áreas onde não tínhamos usuários de energia, o que, economicamente seria mais favorável.

Optamos integralmente em fazer nossa função social e entendemos que cumprimos com nosso objetivo. Oportunizamos internet para mais de sete mil associados que escolheram usar esse benefício e colocamos a rede à disposição em praticamente toda nossa área de ação.

Com o objetivo alcançado e a partir de um novo viés comercial, após muito deliberarmos, direção e conselhos, optamos por transferir esse serviço para a coirmã Coprel, cooperativa de Ibirubá. Optamos por uma Cooperativa, na certeza de que nossos usuários de internet seguirão sendo tratados com respeito e dedicação, características indiscutíveis do cooperativismo, com um diferencial a mais: a expertise de quem fornece internet para mais de 50 mil usuários, através da Coprel Telecom.  Optamos pelo bom relacionamento entre as duas cooperativas, que também já tem trabalhos conjuntos na área de geração de energia, enquanto que ao fazer prevalecer o 6º princípio do Cooperativismo, a Intercooperação, reforçamos nosso perfil cooperativista.

Portanto, associados da Ceriluz, usuário de internet, a partir de agora todos os serviços de provimento de internet serão executados e administrados pela Coprel Telecom. Acreditamos que essa decisão - que não foi fácil de tomar - garantirá mais qualidade e agilidade nos serviços de internet aos nossos associados. Entendemos que cumprimos com nosso papel social proposto, sendo momento agora da Coprel Telecom dar sequência e garantir a qualidade de internet que nossos associados tem direito.

A Ceriluz agora seguirá focada na Energia, uma expertise que temos e que nos levou a estarmos entre as maiores cooperativas geradoras do país e entre as melhores distribuidoras, conforme índices oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Voltaremos nossa atenção para a geração de energia, atuação que nos dá infraestrutura e segurança para o bom atendimento de nossos associados, além de possibilitar investimentos na área social, assim como foi com a internet, e seguirá sendo com o Plano de Saúde, o Seguro Residencial, o Auxílio Funeral, entre outros. Seguiremos esse trabalho que nos levou a sustentarmos o título de proprietários das maiores usinas do cooperativismo brasileiro, primeiro com a PCH José Barasuol, e agora com a PCH Linha Onze Oeste, grandes diferenciais para a história da Ceriluz. Centraremos esforços na distribuição de energia, área onde estamos prestes a completar 60 anos de atuação, em 2026, e onde estamos entre as melhores distribuidoras de energia do Brasil, inclusive considerada a melhor em 2018, segundo o Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC). Sonhamos em recuperar esse título e por isso a Ceriluz estará 100% dedicada levar energia de qualidade e a preços acessíveis aos seus associados. 

Agradecemos a compreensão de todos. Nós e nossas equipes seguiremos à disposição para orientar a todos nesse processo de transição, que sabemos, se dará de forma tranquila, trazendo benefícios a todos os envolvidos.

Muito obrigado!

Direção Grupo Ceriluz

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A Coprel Telecom assume o compromisso de seguir com o trabalho desenvolvido pela Ceriluz Provedores, focada na qualidade que caracteriza os serviços das cooperativas. A qualidade da infraestrutura 100% fibra ótica será mantida, agregando novas opções de planos e os multisserviços disponibilizados, como telefonia fixa e móvel, TV por assinatura e sistemas digitais.

Este ato de intercooperação é mais uma iniciativa conjunta das cooperativas, que também compartilham a propriedade e gerenciamento da CGH Igrejinha, construída no Rio Ijuizinho, entre Boa Vista do Cadeado e Joia. A Ceriluz detém a propriedade majoritária do empreendimento (59%) com o apoio da Coprel que participa com 41%. A Coprel e a Ceriluz também somam esforços em diversas pautas de interesse do cooperativismo de infraestrutura, defendendo o desenvolvimento das comunidades onde atuam, especialmente no meio rural. A iniciativa reforça e demonstra como a união entre cooperativas beneficia os associados e as comunidades como um todo.

As equipes da Ceriluz seguem à disposição por meio dos canais de atendimento. A Coprel fará contato com os usuários, esclarecendo o processo de transição que será realizado.

Nesta quinta-feira, 10 de outubro, teve início em Ijuí a ExpoFest 2024, feira que irá se estender até o próximo dia 20 de outubro, no Parque de Exposições Wanderley Agostinho Burmann. E como é tradicional a Ceriluz está presente atendendo seus associados na Casa Ceriluz, logo no acesso ao parque, onde disponibiliza um espaço amplo e confortável aos nossos associados e demais visitantes.

A casa estará aberta no local durante todos os dias de feira, com atendimento das 14h às 22 horas nos dias de semana e das 10h às 22, nos sábados e domingos. E os colaboradores da Ceriluz estarão atendendo no local, preparados para tirar todas as dúvidas dos visitantes, sobre as diferentes áreas de atuação da cooperativa. Da mesma forma, nossos diretores e conselheiros, se farão presentes na casa para estreitar relacionamentos entre a cooperativa e seus associados.

Associados, aproveitem essa oportunidade de conversar com nossos colaboradores e diretores, na Casa da Ceriluz, enquanto você conhece as potencialidades econômicas, sociais e culturais de Ijuí e região. Prestigie as casas étnicas que caracterizam essa feira, mas visite também a nossa casa, preparada para atender vocês.