Foi mais um ano difícil para a geração de energia nas usinas da Ceriluz. Em 2022 os gráficos da geração se mostraram muito parecidos nos diferentes empreendimentos da Cooperativa, com baixa geração no começo do ano, situação que melhora à medida que os meses passam alcançando bons resultados entre junho e julho. Depois, voltam a um regime de queda a partir de agosto, declínio que se mantém até o final de dezembro.
Apesar disso os números não podem ser considerados totalmente negativos. Se individualmente as usinas da Cooperativa não apresentaram os melhores resultados, na soma de todas as usinas foi a maior geração já registrada pela Ceriluz desde que iniciou a geração. Juntas as usinas próprias da Cooperativa ou que ela tem participação, geraram 147,5 milhões de quilowatts/hora (kWh), crescimento de 22,7% frente aos 120,1 mi/kWh de 2021. É considerada nesse cálculo a geração das usinas José Barasuol, Ijuí Centenária, RS-155 e Nilo Bonfanti - cuja produção total é da Ceriluz - e o percentual de energia que cabe à Ceriluz das usinas Igrejinha (59%), Agudo (40%) e Forquilha IV (20%), construídas em parceria com outras cooperativas ou empresas.
Destaque para a PCH José Barasuol, no rio Ijuí, que segue tendo os maiores resultados entre as usinas. Sozinha gerou 65,9 mi/kWh, 16,5% a mais que no ano anterior. A PCH Ijuí Centenária, que está em seu segundo ano de operação, no rio Potiribu, gerou 27,6 mi/kWh, com crescimento de 10,7% em relação a 2021.
O engenheiro eletricista João Fernando Costa, responsável pela operação das usinas, destaca que essa variação na geração de energia já está prevista no momento da construção de uma usina. “Quando se projeta uma usina, para fazer seu cálculo de viabilidade levamos em consideração dados hidrológicos do rio onde queremos implantar o projeto. Tudo isso sempre é considerado pelo empreendedor e, aliás, as usinas hídricas ainda são mais eficientes do que as demais fontes renováveis”, avalia.
Apesar desse cenário não tão favorável para a geração de energia no Rio Grande do Sul - que segue nesse mês de janeiro - não há motivos para preocupação por parte dos consumidores de energia do Estado e para os associados da Ceriluz. Isso porque o Sistema Interligado Nacional dá sustentação ao abastecimento em todo o país, permitindo a busca de energia em outras regiões com geração mais favorável ou mesmo o uso de fontes não renováveis, como as termoelétricas, quando há escassez de geração. Felizmente, nesse período, após vários anos de dificuldades nos principais reservatórios de hidrelétricas do país, o regime de chuvas nas regiões onde estão as principais usinas do Brasil está sendo favorável, permitindo a recomposição desses reservatórios.
Ouça a reportagem completa sobre esse tema acessando nosso Informativo Ceriluz Além da Energia AQUI.