O Grupo Ceriluz se prepara para iniciar mais um empreendimento de geração de energia no município de Augusto Pestana. Trata-se da Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Ponte Nova, a ser implantada na localidade que lhe dá nome. Com potência de 1,3 Megawatts (MW), investimento estimado em R$14 milhões, esta será a segunda usina desse porte no município. A primeira é a CGH Augusto Pestana, na comunidade de Arroio Bonito, de 1,4 MW, já concluída e que deve entrar em operação assim que as condições hídricas permitirem o enchimento do lago.
A Ceriluz Geração recebeu a Licença Prévia e de Instalação Unificadas para a CGH Ponte Nova - número 026/2023 - no dia 10 de fevereiro, emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM. A usina será instalada no leito do rio Conceição, terá uma barragem com 60 metros de vertedouro e 7,7 metros de altura, além de um canal aberto de 440 metros.
A previsão de início das obras é para maio desse ano com conclusão ainda em 2023, portanto, será um empreendimento de rápida execução. Além das características de CGH, de pequeno porte, ela apresenta outra inovação que deve acelerar ainda mais sua operação. A CGH irá utilizar a tecnologia de turbogeradores submersos ou uma Usina Compacta de Hidrogeração Anfíbia (UCHA). Trata-se de um equipamento integrado, incluindo gerador elétrico e turbina, próprio para geração de energia elétrica em cursos de pouco volume de água e pequena queda. Os equipamentos serão fornecidos pela empresa Higra Industrial, do município de São Leopoldo/RS. A parceria foi firmada no dia 12 de julho de 2022, pelos presidentes, Iloir de Pauli, da Ceriluz Geração, e Silvino Geremia, da Higra, que assinaram um termo de cooperação que prevê a instalação de 10 turbogeradores submersos em diferentes projetos da Cooperativa, totalizando 2,0 MW instalados. Destes, seis turbogeradores serão utilizados na CGH Ponte Nova, com potência unitária de 0,21 MW cada. Entre os diferenciais desse modelo de geração está a não necessidade de implantar uma Casa de Máquinas, o que reduz o custo da obra civil de uma usina.
Esse projeto da CGH Ponte Nova se agrega à CGH Augusto Pestana e a outros que ainda virão no objetivo de diminuir as tarifas de energia dos associados, ao se inserirem no sistema de distribuição da Cooperativa no formato de Geração Distribuída (GD).



A taxa de adesão à internet da Cooperativa sobressai-se nos locais onde há maior concentração de associados, como cidades e vilas. O maior número de usuários está em Ijuí, seguido de Augusto Pestana, Coronel Barros, Catuípe, Bozano e Ajuricaba, regiões onde a fibra óptica da Ceriluz chegou primeiro e onde a cooperativa atende áreas urbanas. Contudo, a internet da Ceriluz já começa a chegar também nos municípios mais distantes de nossa sede administrativa - onde está o ponto de partida de todo nosso sistema de distribuição da internet - estando já nos municípios de Nova Ramada, Chiapetta, Inhacorá, Santo Augusto e também Jóia e Boa Vista do Cadeado. Dessa forma, já com a fibra óptica chegando a praticamente toda a área de ação da Ceriluz.

O engenheiro eletricista João Fernando Costa, responsável pela operação das usinas, destaca que essa variação na geração de energia já está prevista no momento da construção de uma usina. “Quando se projeta uma usina, para fazer seu cálculo de viabilidade levamos em consideração dados hidrológicos do rio onde queremos implantar o projeto. Tudo isso sempre é considerado pelo empreendedor e, aliás, as usinas hídricas ainda são mais eficientes do que as demais fontes renováveis”, avalia.
Já as áreas que sofrem influência direta das altas temperaturas apresentaram elevação. Caso da Classe Rural, com aumento de 8,2% no consumo, passando de 63,4 milhões de kWh, em 2021, para 68,6 milhões de kWh, em 2022. Destaque aqui para a energia exigida pelos irrigantes que nos anos comparados apresentaram aumento de consumo de 24,7%, de 15,7 milhões de kWh para 19,5 milhões de kWh. Reflexo não só das altas temperaturas, mas também da falta de chuvas nos períodos quentes.