A Ceriluz inicia o ano de 2024 encarando mudanças no mercado brasileiro de energia. Um dos principais desafios é a abertura para a compra de energia por consumidores do Grupo A no Mercado Livre, uma oportunidade que se concretizou a partir do mês de janeiro.

Para se adequar a esse cenário o Grupo Ceriluz vem atuando em conjunto e, por meio da Ceriluz Geração, está ofertando energia para associados – e também não associados – a valores diferenciados aos do Mercado Cativo.

O presidente da Ceriluz Geração, Iloir de Pauli, destaca que os preparativos para esse momento já vinham ocorrendo a bastante tempo: "Nós sabíamos que um dia todas as empresas teriam a possibilidade de buscar energia no Mercado Livre. Por isso, construímos usinas, com o objetivo de termos essa energia para vender no mercado, especialmente para nossos associados".

Iloir destaca que muitas empresas estão oferecendo energia aos associados, porém, reforça a segurança e a confiança que estes já têm com a Ceriluz: "Todos conhecem a Ceriluz, sabem com quem estão trabalhando. Podemos definir preços diferenciados, e estamos ajudando, até mesmo fazendo com que outras empresas baixem seus valores. Direta ou indiretamente a Ceriluz está contribuindo com os cooperados que estão aderindo a esse mercado". Ele enfatiza que os gestores da Cooperativa estão disponíveis para orientar os associados sobre a melhor opção para seus negócios. "Aqueles associados que quiserem contar com os serviços da Ceriluz Distribuição e adquirir a energia da Ceriluz Geração serão bem atendidos. Nossos gestores estão preparados para orientar a todos sobre a melhor opção para o seu negócio", afirma de Pauli.

A compra de energia pelo mercado livre permite aos consumidores buscarem vantagens econômicas, optando por tarifas diferenciadas. Essa possibilidade, existente no Brasil desde 1998, agora está aberta para todos consumidores do Grupo A – Alta Tensão. A migração para o Mercado Livre, contudo, refere-se exclusivamente à compra da energia elétrica, mantendo-se o serviço de distribuição com a distribuidora local. Os consumidores do Grupo B ainda não se enquadram nessa nova modalidade e continuam consumindo energia da distribuidora que atende sua área.

Ouça o INFORMATIVO DE RÁDIO onde o presidente Iloir de Pauli aborda o tema.

Na comparação do consumo de energia entre os anos de 2022 e 2023, a Ceriluz registrou crescimento na necessidade de energia por parte dos associados da Cooperativa, de 9,35%. De 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2023 os associados da Cooperativa consumiram um total de 180,58 milhões de quilowatts/hora (kWh), contra 165,13 milhões de kWh, no mesmo período de 2022.

As Unidades Consumidoras (UCs) cadastradas como Classe Industrial se sobressaíram em termos de consumo no ano que passou. Não só apresentaram maior aumento percentual, como foram as que mais exigiram energia do sistema de distribuição da Ceriluz, superando inclusive a Classe Rural, que historicamente é a maior consumidora de energia da Cooperativa. Juntas as indústrias consumiram 65,96 milhões de kWh, crescimento de 36,13%, à frente dos 48,45 milhões de kWh do ano de 2022.

Além do próprio aumento do consumo, favoreceu a ascensão da Classe Industrial para o status de maior consumidora de energia da Ceriluz o fato da Classe Rural ter apresentado decréscimo na energia exigida no ano de 2023. O consumo de energia da Classe Rural caiu 7,78%, de 68,20 milhões de kWh em 2022 para 62,9 milhões de kWh em 2023. O principal fator que contribuiu para essa queda foi a diminuição no uso dos sistemas de irrigação na agricultura, situação favorecida pelos altos índices de chuva no segundo semestre do ano passado. A subclasse Rural Irrigantes consumiu 4,2 milhões de kWh em 2023, 48% menos energia em relação ao ano anterior. Quem também apresentou redução foi a Classe Comercial (-1,32%).

Os consumidores residenciais apresentaram o segundo maior acréscimo percentual no período dos doze meses de 2023, passando de 9,32 milhões de kWh para 10,61 milhões de kWh, crescimento de 13,82%. As demais classes cadastradas na Cooperativa também apresentaram crescimento: Poder Público (5,30%), Iluminação Pública (4,13%), e Serviço Público (6,25%).

A geração de energia cresceu mais de 30% nas usinas próprias da Ceriluz e naquelas que ela tem participação. Enquanto que em 2022 a geração havia sido de 147,5 milhões de quilowatts/hora (kWh), no ano que passou o resultado dos doze meses foi de 193,2 milhões de kWh. Em 2021 essa geração havia sido de 120,1 mi/kWh. Inclui-se nessa soma a energia gerada pelas usinas CGH Nilo Bonfanti, PCH José Barasuol, PCH RS-155, PCH Ijuí Centenária, CGH Augusto Pestana – estas com ativos 100% Ceriluz –, CGH Agudo, CGH Igrejinha e PCH Forquilha IV, das quais a Ceriluz tem participação societária.

Esse número representa um novo recorde de geração, apesar do ano não ter sido tão favorável à produção de energia hídrica, considerando as condições climáticas do primeiro semestre. Após seis meses iniciais de estiagem com o nível dos rios extremamente baixos, os resultados da produção de energia começaram a reagir em meados de junho, com a melhora dos índices de chuva na região. Foi nesse mês também que passou a ser injetada na rede da Ceriluz, na forma de Geração Distribuída (GD), a energia produzida pela CGH Augusto Pestana, que tem uma capacidade instalada de 1,4 Megawatts (MW). Essa pequena usina agregou 2,9 milhões de kWh aos números finais da geração de energia do ano passado.

Os números passaram a subir, contudo, efetivamente no mês de setembro quando o fenômeno climático El Ninho trouxe chuvas volumosas ao Estado, inclusive em excesso em algumas situações, que promoveram a recuperação do nível dos rios onde as principais usinas da Cooperativa estão instaladas, impulsionando a geração. Destaque para a produção da PCH José Barasuol, fixada no rio Ijuí, de 53 milhões de kWh no ano, e para a PCH Ijuí Centenária, instalada no Potiribú, que produziu 32,2 milhões de kWh nos doze meses de 2023. A PCH RS-155 também teve importante contribuição, de 24 milhões de kWh.

Salientando que essa energia não pertence integralmente à Ceriluz, uma vez que em algumas dessas usinas a Ceriluz possui participações, não sendo detentora de 100% dos ativos. Caso da CGH Agudo, onde a Ceriluz tem 40% de participação; da CGH Igrejinha, com 59% de participação; e da PCH Forquilha IV, com 20% dos ativos pertencentes à Ceriluz.   

A iluminação pública é hoje fator indispensável para a segurança e tranquilidade da população urbana e também, em muitos casos, rural. Mas é preciso explicar! Apesar da Ceriluz ser responsável pela energia elétrica em muitos destes pontos de iluminação, em cidades e vilas, a elaboração dos projetos, implantação, operação e manutenção do serviço de Iluminação Pública é de responsabilidade dos municípios.

Essa condição está determinada de forma clara na Resolução 1000, norma regulamentadora que dita as regras vigentes sobre o setor elétrico nacional, a ser atendida por todas as distribuidoras de energia do país, inclusive as cooperativas Permissionárias de Serviço Público. Apesar da Ceriluz - assim como as demais distribuidoras de energia - fazer a arrecadação da Contribuição da Iluminação Pública (CIP) nas suas faturas de energia, todo o serviço de instalação e manutenção é de responsabilidade dos municípios. Essa cobrança é feita seguindo as leis específicas de cada município, que define valores de cobrança de acordo com o consumo de energia e localização de cada UC, e posteriormente o valor repassado às prefeituras. Em contrapartida, a Ceriluz cobra das prefeituras apenas o valor referente a energia consumida nesses pontos, a partir de um cálculo estimado pelo consumo de cada lâmpada e pela quantidade de pontos cadastrados.

Portanto, se a iluminação pública estiver com problemas em sua rua, em seu bairro ou vila, contate a prefeitura do seu município. Cada município deve constituir internamente um setor responsável pela prestação desses serviços. Da mesma forma, solicitações de novos pontos devem ser feitos para os Executivos Municipais.

Na segunda-feira, 15 de janeiro de 2024, a Ceriluz sediou encontro para intercâmbio cooperativo entre cooperativas de energia e infraestrutura do Brasil, representadas pela Fecoergs (Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Estado do Rio Grande do Sul), e da Argentina, representadas pela FACE (Federação Argentina de Cooperativas de Energia). A comitiva argentina foi formada por Jorge Espinosa, presidente da FACE; Nelso Bernardi, secretário; e Fabrício Uberti, Tesoureiro; Rubén Stockmayer, conselheiro pela província de Missiones e Ángel Kuzuka, presidente de FECEM - Federação das Cooperativas Elétricas de Missiones. O grupo foi recepcionado por Erineo José Hennemann, presidente da Fecoergs, José Zordan, superintendente da Fecoergs, e pelo presidente da Ceriluz Distribuição (anfitriã) Guilherme Schmidt de Pauli, além de representantes das cooperativas Certel, Coprel, Creluz, Cooperluz, Cermissiões, Creral, Coopernorte e Certhil, ressaltando a unidade e cooperação entre essas entidades.

Os participantes foram recepcionados no período da manhã com apresentações detalhadas da Fecoergs, Ceriluz e da FACE, destacando os avanços, desafios e conquistas dessas cooperativas. Estiveram em pauta normas específicas que regem as cooperativas de eletrificação em cada país, incluindo o sistema de regulação e concessão dos serviços e as formas de tarifação dos mesmos. Na parte da tarde, as atividades se encerraram com visitas à PCH Ijuí Centenária, em operação em Ijuí, e à obra da PCH Linha Onze, em andamento em Coronel Barros.

O presidente da Ceriluz Distribuição, Guilherme Schmidt de Pauli, que conduziu os participantes nas atividades, reforçou a importância desse intercâmbio para o fortalecimento do cooperativismo no setor de energia. “O evento reforça o compromisso das cooperativas em fortalecer laços, compartilhar experiências e promover o desenvolvimento conjunto no campo energético. A Ceriluz se orgulha de ter sido palco desse intercâmbio que, sem dúvida, contribuirá para o avanço sustentável do cooperativismo na região”, avaliou Guilherme. O momento histórico destaca a importância do diálogo e da colaboração internacional no setor cooperativista de energia.

O ano que passou nos mostrou que somos pequenos frente a força da natureza e que precisamos, acima de tudo, repensar nossas atitudes, de modo a conviver de forma mais harmoniosa com ela. Este ano que passou foi marcado por desafios inesperados e superações admiráveis.

No decorrer de 2023, enfrentamos adversidades significativas, começando pela seca que impactou nossa região, seguida por temporais que desafiaram nossa infraestrutura e equipes. Estas intempéries climáticas evidenciaram a importância vital de nossa missão em fornecer energia de qualidade a todos os nossos associados. Neste contexto, queremos expressar nossa sincera admiração e agradecimento aos colaboradores da Ceriluz, que, com dedicação exemplar, não mediram esforços para garantir a continuidade dos serviços, mostrando resiliência e profissionalismo.

Acreditamos que, em momentos desafiadores como esses, a empatia se torna uma ferramenta crucial para a construção de relações mais sólidas e colaborativas. A sociedade moderna muitas vezes esquece a importância desse valor, mas é fundamental resgatá-lo para enfrentarmos juntos os obstáculos que se apresentam. O ato de se colocar no lugar do próximo, compreendendo suas necessidades e desafios, gera ambientes mais acolhedores e solidários. Sabemos que ninguém quer ficar sem energia, ou agora também sem internet, serviços que a Ceriluz presta. Mas é preciso considerar que ao mesmo tempo que estamos em nossas casas exigindo que nossas necessidades sejam atendidas, do outro lado, embaixo de chuva, vento, raios e granizo, estão outras pessoas, trabalhadores que deixaram sua família em casa para tentar resolver os problemas causados por fatores alheios ao seu controle. Horas trabalhando a fio, superando a exaustão porque tem um papel a cumprir. Por isso hoje, nosso reconhecimento especial a eles.

Diante disso, encorajamos todos a refletirem sobre suas ações e a praticarem a empatia em cada interação, tanto no ambiente de trabalho quanto em suas comunidades. O fortalecimento desse elo humano é essencial para a construção de um mundo mais equilibrado e justo. Cada um de nós desempenha um papel crucial nesse processo, e é por meio de pequenos gestos e atitudes que alcançaremos grandes transformações.

Que o ano de 2023 nos inspire a sermos melhores, mais solidários e comprometidos com o bem-estar coletivo, e que em 2024 possamos colocar isso em prática. Agradecemos por fazerem parte da família Ceriluz e contamos com a dedicação de cada um para enfrentarmos juntos os desafios que o futuro possa nos reservar.

Atenciosamente,

Guilherme Schmidt de Pauli - Presidente da Ceriluz Distribuição