As chuvas chegaram com intensidade neste mês. De primeiro a quatro de outubro o pluviômetro existente na Usina José Barasuol registrou 140 milímetros de chuvas e a previsão é de que os índices continuem elevados. A expectativa da maioria é que as chuvas realmente retomem a normalidade e acabem, definitivamente, com a longa estiagem que completou um ano no mês de setembro.
Nestes últimos doze meses, segundo os índices registrados pela Ceriluz, choveram 1.532 milímetros (mm), completando assim uma média mensal 127 milímetros. Comparativamente, apenas nos seis primeiros meses de 2011, choveram 2.192 milímetros, fechando uma média de 365 milímetros. No mês de setembro de 2011, que marca o início da estiagem, foram registrados apenas 59 milímetros, tendo uma pequena recuperação em outubro e decaindo daí para frente. O menor índice nestes doze meses aconteceu em maio, com apenas 30 milímetros de chuvas.
Esse déficit hídrico pode ser percebido na geração de energia das usinas da Ceriluz que geraram muito abaixo da média considerada normal. Na usina José Barasuol, por exemplo, entre janeiro e setembro deste ano a geração média foi de 3,31 Megawatts (MW) por mês, quando a média considerada normal é de 8,5 MW/mês. Comparando com os anos anteriores, em 2011 a média total do ano foi de 8,7 MW/mês, índice favorecido pelo primeiro semestre e, em 2010 a produção média foi de 10 MW/ mês, ano onde a cooperativa bateu seu recorde de produção.
O mês de outubro iniciou com geração plena na Ceriluz alcançando 19 MW, somadas as produções das Usinas Nilo Bonfanti, José Barasuol e da RS-155. A expectativa é de buscar recuperar a partir de agora o déficit de produção dos últimos meses, porém, isso depende da estabilidade dos rios. Como fator favorável para aumentar o índice de produção está a entrada em operação da Usina RS-155, no mês de agosto. A nova usina vem demonstrando eficiência ao longo destes primeiros dias de funcionamento: pelas suas características “fio d’água” e “baixa queda” ela responde melhor ao aumento do nível do rio, gerando mais eletricidade com menos água, em relação à Usina José Barasuol. No entanto, se o nível do rio for muito alto, ela perde capacidade. Hoje, com a operação das duas turbinas da Casa de Máquinas ela acrescenta 5,7 MW à geração da Cooperativa, porém, já demonstrou que com alguns ajustes, pode gerar 6 MW, aos quais se somam ainda aos 320 Kilowatts (kW) da minicentral.