O Informativo Ceriluz Além da Energia da última semana trouxe um alerta para os riscos de acidentes, incluindo afogamentos, em práticas de desporto e lazer em locais desassistidos por guarda-vidas, como rios e lagos. Para esclarecer a população o programa trouxe a participação do soldado guarda-vidas do 12º Batalhão de Bombeiros Militares de Ijuí, Leonardo Leves Hochmüller. “Registramos em nosso país uma média de 16 mortes por dia por afogamento e mais de 75% dessas pessoas acaba morrendo em água doce, locais não abrigados por guarda-vidas, como rios, lagos e represas”, alerta Hochmüler, logo no início da entrevista. O bombeiro apresenta preocupação com o possível crescimento desses números. “Devido à pandemia, as pessoas estão buscando locais mais distantes de aglomerações e procurando áreas que teoricamente vão ofertar mais riscos para eles, por serem de difícil acesso, onde não há guarda-vidas que possam guarnecê-los e onde desconhecem a profundidade e correnteza”, salienta.
Entre os locais algumas vezes escolhidos pelas pessoas, estão áreas próximas a barragens, incluindo as usinas de geração de energia, nos lagos ou na parte posterior às barragens e casas de máquinas. Estes locais são impróprios para banhos e outras atividades náuticas ou de lazer. “A gente alerta a população para que não frequente esses locais, pois lá as profundidades são grandes, há um volume muito grande de água e correnteza, e as pessoas não tem condicionamento físico apropriado para esse tipo de banho”, afirma o guarda-vidas.
O uso desses espaços para lazer é vedado devido à variabilidade do nível dos rios, apresentando pontos traiçoeiros. Mesmo que, em geral, a geração de energia seja constante, fatores internos ou externos podem provocar a interrupção da geração de energia e, nesses casos, a água que até então estava passando pelas turbinas, retorna ao leito do rio, podendo provocar um aumento repentino do nível de água na barragem, gerando forte correnteza. Nas usinas da Ceriluz existem placas, indicando a proibição para a prática de atividades de lazer, náuticas e a pesca, que também oferece os mesmos riscos.
Tratando dos salvamentos, o soldado recomenda que ao se dirigir para locais sem guarnição, as pessoas portem boias, mesmo que improvisadas, coletes salva vidas e uma corda, para lançar à pessoa que estiver em risco e removê-la da água. A orientação é para que evitem entrar na água para tentar o salvamento. “É muito difícil, sem ter o conhecimento de técnicas, alguém entrar na água para fazer o salvamento. Procure não entrar para não ser mais uma vítima, acione as equipes de emergência ligando para o 193 e solicite para que o corpo de bombeiros vá até o local fazer o salvamento e os procedimentos necessários”, orienta.
Para mais informações, ouça o Informativo Ceriluz Além da Energia dessa semana acessando aqui.