Se por um lado o tempo seco registrado nos últimos meses na região de Ijuí prejudicou a geração de energia nas usinas da Ceriluz e demais empresas geradoras, por outro, permitiu que as obras da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) RS – 155 evoluíssem expressivamente. Da construção atual, destaca-se a conclusão da barragem no rio Ijuí, quando, nos últimos dias, as máquinas da Empreiteira Kelm apenas trabalharam na limpeza da calha do rio, onde se formará o lago.
Neste espaço segue em andamento ainda a construção da minicentral, unidade geradora que aproveitará a vazão sanitária para gerar energia, ou seja, a água que a Cooperativa é obrigada a deixar passar no leito original do rio Ijuí. Já na Casa de Máquinas principal foi colocada a cobertura e agora será feito o fechamento lateral pensando na montagem das turbinas.
Estas informações foram repassadas pelo engenheiro civil responsável pela obra, Juarez Bernardi, em entrevista ao Informativo Ceriluz Além da Energia, programa institucional divulgado neste fim de semana nas rádios da região. Conforme ele, o trabalho agora está focado em duas frentes principais: a colocação das comportas que permitirão o enchimento do lago e a montagem das turbinas. “Parte das máquinas já chegaram ano passado, quando foi feita a concretagem dos distribuidores e pré-distribuidores. Agora faltam vir os demais equipamentos – eixos, pás, geradores – e à medida que eles vão chegando nós faremos a sua montagem”, explica. A usina conta com duas turbinas, sendo que os equipamentos virão separadamente, permitindo a montagem da primeira máquina e depois da segunda, sucessivamente. A expectativa é que os componentes da Máquina 1 cheguem nos próximos dias. “A montagem demanda uma equipe especializada, no caso, terceirizada da Hacker, empresa fabricante das turbinas”, salienta Bernardi.
O engenheiro lembra também que a obra está sendo desafiadora para as equipes da Ceriluz e demais empresas envolvidas, até porque, embora a Usina RS-155 tenha uma capacidade de geração menor que a Usina José Barasuol, ela tem uma estrutura civil bem maior do que a outra. Entre as dificuldades encontradas nestes mais de dois anos de trabalho, destacou-se a cheia ocorrida no rio Ijuí em março de 2011, que atrasou o cronograma da obra ao provocar danos em equipamentos e no canteiro de obras.