A Ceriluz alcançou em 2013 o seu melhor resultado em termos de geração de energia desde que possui suas próprias usinas, quando suas três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) produziram juntas 119,6 milhões de quilowatts/hora (kWh). Isso representa um crescimento de 30% em relação ao último recorde que havia sido alcançado em 2010, quando gerou aproximadamente 92 milhões de kWh.
Se comparado a 2012 o resultado praticamente dobra, porém, o ano em questão foi bastante desfavorável para o setor em razão do baixo índice de chuvas. As usinas da Ceriluz também se destacaram individualmente. A produção total se deve a uma produção de 82,1 milhões de kWh da PCH José Barasuol (foto), 32,5 milhões de kWh da PCH RS-155 e 5 milhões de kWh da PCH Nilo Bonfanti. O engenheiro eletricista João Fernando Costa, responsável pelo setor de geração, chama a atenção para o fato da Usina José Barasuol ter gerado 66% do total produzido. Já a PCH Nilo Bonfanti se sobressaiu no aproveitamento, batendo seu próprio recorde ao atingir 80% de sua capacidade máxima, quando a média normal de uma PCH é em torno de 55% de sua potência instalada. Já sobre a Usina RS-155, o engenheiro lembra que ela alcançou uma curva de produção semelhante a da Usina José Barasuol, apesar de 2013 ainda ter sido um ano de ajustes nas máquinas, especialmente da minicentral.
Considerando o início de 2014 o ano parece ser promissor, isso porque nestes primeiros dias de janeiro a produção está sendo elevada. “Se compararmos a geração de janeiro deste ano com a de janeiro do ano passado, em 20 dias já ultrapassamos a geração de 7,5 milhões de kWh registrada em janeiro de 2013”, relata João Fernando. A expectativa é alcançar os 11,5 milhões de kWh até o final deste mês. O engenheiro lembra, porém, que o sucesso na produção depende de dois fatores: “Um deles é a chuva e o outro é as máquinas estarem em condições de geração, pois não adianta ter vazão nos rios e ter máquinas em reparos ou ter máquinas em condições e não ter vazão nos rios”, afirma. Com relação às turbinas e geradores acrescenta que a Ceriluz possui equipes de manutenção qualificadas atentas 24 horas por dia para garantir seu perfeito funcionamento.
Sistema Interligado Nacional – O momento é de abundância para a nossa região em termos de geração de energia, porém, nem sempre é assim. Para evitar apagões em períodos de seca é que existe o Sistema Interligado Nacional (SIN), que conecta cinco regiões - Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte - o que permite que em períodos de baixa geração seja possível se buscar energia em outra região onde ela seja positiva. “Este sistema foi feito pensando em casos de escassez de geração de energia em uma determinada região, onde ela poderá ser abastecida por outra. Foi o caso de 2012, onde que tivemos que buscar energia de outras regiões para suprir o consumo”, explica João Fernando Costa. Atualmente o SIN é dependente da energia hídrica, apesar de alternativas começarem a surgir, com destaque para a eólica. Nos períodos de grande consumo e baixa geração, porém, a alternativa do Organizador Nacional do Sistema (ONS) é ligar as termelétricas, energia muito poluente e mais cara. A entrevista completa com o engenheiro eletricista João Fernando Costa pode ser ouvido no site www.ceriluz.com.br, em informativos de rádio.