A Ceriluz vem registrando aumento no consumo de energia nos últimos meses, especialmente após a segunda quinzena de dezembro, em razão da elevação das temperaturas. A análise do consumo apresenta um gráfico com linha ascendente a partir do mês de outubro de 2021, alcançando, no dia 31 de dezembro, uma demanda 12,53% maior do que no ano anterior. A energia usada em janeiro ainda não foi quantificada, mas há uma tendência de um crescimento ainda maior pelos recordes nas temperaturas registradas nesses primeiros dias do ano.

Analisando os horários de maior consumo durante o dia, isso ocorre dentro do chamado horário de ponta, das 18h às 21h. Porém, é possível se afirmar também que há um aumento de consumo após esse horário, considerando o maior uso dos climatizadores durante toda a noite. Outro fenômeno registrado nesse período mais quente é o crescimento do uso dos sistemas de irrigação a partir das 22h até às 6h da manhã, considerado o horário reservado aos irrigantes. A título de exemplo, a Subestação Ceriluz 02, localizada em São Jacó, Santo Augusto, região com grande número de pivôs, apresentou uma demanda de 4,9 mi/kWh em dezembro de 2021, número 113% superior aos 2,3 mi/kWh no mesmo período de 2020.

Outra preocupação que o calor traz para os gestores dos sistemas de distribuição de energia é seu impacto sobre os equipamentos de subestações e redes, principalmente transformadores e reguladores.

Infraestrutura que faz a diferença - Independente do fator de risco, no entanto, a atual infraestrutura de distribuição da Ceriluz permite afirmar que a Cooperativa está preparada para enfrentar tais situações, especialmente a partir das suas subestações, voltadas à proteção e controle dos sistemas de distribuição. Atualmente a Ceriluz possui três subestações estrategicamente localizadas na região de atuação: a Subestação (SE) Ceriluz 01 - Reinholdo Kommers, no Distrito de Chorão, em Ijuí, de 22,5 MVA; a SE Ceriluz 02 - Aparício Piccinin, em São Jacó, Santo Augusto, também de 22,5 MVA; e a SE Ceriluz 03, na Linha 01, em Ijuí, de 25 MVA. As duas primeiras, aliás, passaram por ampliações recentes de sua capacidade de carga, justamente prevendo o aumento do consumo, em momentos de pico e também no médio/longo prazo. A SE Ceriluz 01 entrou em operação em 2003, com 10 MVA de capacidade, foi ampliada em 2018 para 20 MVA e em 2021 para 22,5 MVA. Já a SE Ceriluz 02, iniciou sua operação em 2015 com 10 MVA, foi ampliada em 2018 para 15 MVA e agora, em 2021, para 22,5 MVA.

“Normalmente nossas subestações operam com menos de 40% da sua capacidade instalada nos momentos de pico e com o aumento de consumo das últimas semanas, chegamos próximo dos 50% da capacidade de carga instalada nesses horários. Isso ainda dá uma margem de segurança para o aumento de carga nas subestações da Ceriluz”, garante o engenheiro eletricista, Rogério Kamphorst. Outro diferencial do sistema da Ceriluz consiste no paralelismo na operação entre as subestações, que possibilita a divisão das cargas entre transformadores. “Isso permite o equilíbrio de carga entre os transformadores por mais que as linhas alimentadoras estejam desequilibradas”, explica o engenheiro eletricista.

Sobre os efeitos do calor nos transformadores, Kamphorst afirma que os riscos são pequenos, uma vez que eles possuem sistemas automáticos de resfriamento, tanto que até o momento os registros demonstram a temperatura dos transformadores ainda longe dos limites críticos. Mais informações, incluindo a entrevista completa com o engenheiro eletricista Rogério Kamphorst no Informativo Ceriluz dessa semana. Acesse AQUI.