A energia que está nas tomadas de nossas residências possui uma tensão de 220 Volts, segura para que possamos ligar eletroeletrônicos. Contudo, até chegar às unidades consumidoras essa eletricidade precisa ser transportada até as regiões onde será consumida. Isso é feito pelas chamadas Linhas de Transmissão e de Distribuição, que percorrem longas distâncias. Depois de deixar a usina, independentemente do tipo da fonte geradora, no Brasil a energia elétrica trafega em tensões que variam de 13,8 mil volts a 750 mil volts. Nas subestações localizadas próximo ao local do consumo, a tensão é rebaixada e por meio de um sistema composto por cabos condutores, postes e transformadores, a energia segue para as residências em 127 volts ou 220 volts.

O engenheiro eletricista Bráulio Schussler explica a razão da elevação da tensão nestas redes. “Dentre os vários problemas enfrentados para que a energia percorra grandes distâncias desponta a perda elétrica que ocorre durante o transporte. Para limitá-las, poderíamos aumentar as bitolas dos cabos ou diminuir a corrente elétrica. Mas como fazer isso sem diminuir a carga? Dentro da eletricidade existe um conceito que diz que, para uma determinada potência ou carga a se alimentar, se elevarmos a tensão que a abastece, consequentemente, diminuiremos a corrente”.

A Ceriluz não possui linhas enquadradas como Transmissão, mas Subtransmissão ou Distribuição. Nas subestações de conexão com a supridora a Cooperativa recebe a energia em uma tensão de 69 mil volts e a rebaixa para 23 mil volts, tensão das redes de distribuição. Próximo à casa dos consumidores um transformador regula essa tensão para 220 volts, valor seguro para as residências e propriedades.

SEGURANÇA - Se a energia em 220 volts mal utilizada já pode causar acidentes, está claro que tensões maiores são ainda mais perigosas. “A Ceriluz possui quatro mil quilômetros de redes de distribuição entre Média e Baixa Tensão e mantém um rigoroso plano de manutenção para minimizar quaisquer riscos aos associados, porém, se tratando de energia elétrica, sempre devemos ter muito cuidado, tanto nas nossas residências e empresas, quanto nas estradas ou lavouras”, recomenda Schussler. Isso porque, ações involuntárias ou voluntárias, podem criar situações de risco. É o caso de temporais, da derrubada de árvores, o abalroamento com máquinas e veículos, ou mesmo, construções próximas às redes que ampliam as chances de acidentes. “Sempre que o associado visualizar qualquer problema, como condutores rompidos ou muito próximos ao solo, postes caídos ou inclinados, e ainda, pessoas sem identificação intervindo nas redes, é preciso comunicar imediatamente a Ceriluz e manter-se distante dos cabos de energia”, solicita o engenheiro eletricista.

Atos ilícitos - furto de energia, fraude ou roubo de equipamentos - são grandes causadores de acidentes com eletricidade. Bráulio lembra que as únicas pessoas preparadas e autorizadas a interagir com as redes da Ceriluz são seus técnicos, que enfrentam treinamentos rigorosos, periodicamente, para garantir sua segurança. Nas instalações internas, para evitar riscos, os consumidores devem contratar sempre profissionais qualificados, já que 220 volts também podem deixar sequelas ou provocar acidentes fatais.

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