O governo do Estado lançou na manhã de quinta-feira (13), o Programa Gaúcho de Incentivo às Pequenas Centrais Hidrelétricas. O evento contou com a participação de representantes do setor elétrico, entre eles estavam o presidente da Ceriluz, Iloir de Pauli, e os engenheiros eletricista, João Fernando Costa, e civil, Juarez Bernardi (civil). Na ocasião foi apresentado o inventário de 91 projetos viáveis de licenciamento ambiental para geração de energia hídrica no Rio Grande do Sul, que incluiu projetos da Ceriluz. Segundo o governo do Estado o potencial de investimentos no RS é de R$ 3 bilhões, sendo que deste valor, R$ 15 milhões serão destinados a unidades de conservação ambiental. Ainda conforme o governo do Estado, os projetos apontados como viáveis devem gerar 12 mil novos postos de trabalho diretos e 480 Megawatts de energia elétrica, o que equivale ao abastecimento de 1,4 milhão de residências.   

Por parte da Ceriluz havia a expectativa do anúncio da liberação de Licenças de Instalação de projetos da Cooperativa. Isso não aconteceu, mas mesmo assim, o presidente Iloir de Pauli retornou bastante satisfeito da capital gaúcha. Conforme o presidente, para viabilizar os empreendimentos, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) elaborou novos critérios e diretrizes que facilitam e agilizam o licenciamento ambiental de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs).

Entre as mudanças está a definição dos rios que são aptos para a construção de usinas e quais não são, ou seja, aqueles que serão preservados para garantir a manutenção dos principais cursos d'agua das bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul. O presidente Iloir destaca que esse ponto foi bastante favorável para a Cooperativa. “O estudo mostra que os rios onde estão os projetos da Ceriluz, na nossa região, são todos aptos para receberem usinas, o que nos dá maior tranquilidade sobre a obtenção dos licenciamentos ambientais”, comenta.

Outra evolução diz respeito às Áreas de Preservação Permanentes (APPs), onde as empresas que construírem usinas terão maior flexibilidade para repor as áreas degradadas, podendo realizar o plantio em outros locais que não na usina, desde que preservem a mata ciliar em uma distância mínima de 30 metros no leito dos rios.