Na semana que passou o Rio Grande do Sul registrou um número expressivo de casos de afogamentos em rios, lagos e açudes. Apenas entre os dias 21 e 26 de janeiro já haviam sido registrados 16 ocorrências trágicas, envolvendo principalmente crianças, adolescentes e jovens. O caso mais grave se deu no município de São Francisco de Paula, na serra gaúcha, onde quatro pessoas vieram a óbito ao se refrescarem na jusante de uma barragem pertencente ao complexo de geração de energia elétrica do Salto, pertencente a Companhia Estadual de Energia (CEEE), e que se caracteriza por várias barragens sequenciais.
Morreram na chamada Barragem do Blang duas crianças, uma de 6 e outra de 13 anos e dois jovens, de 22 e 24 anos, tios das crianças. Isso, apesar do banho ser proibido no local. Além das vítimas, várias outras pessoas estariam na água para fugir do calor, mesmo com avisos de que há buracos no lago que chegam a quatro metros de profundidade.
Por este fato e outros já registrados a Ceriluz volta a fazer um alerta sobre a proibição do banho, pesca ou esportes náuticos nas áreas de suas usinas, seja das barragens ou das casas de máquinas, como indicam placas de alerta instaladas nos arredores. O maior risco no caso das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) está no aumento repentino do nível do rio em momentos em que elas param de gerar energia, quando a água que passa pelo canal adutor e pelas turbinas volta a se deslocar pela calha principal do rio. Além disso, nos lagos das barragens e após elas, pode haver mudanças bruscas de profundidade, não identificadas facilmente, fato que deve ter sido determinante no caso citado anteriormente.
Repetimos: é proibido, nadar, praticar esportes náuticos ou pescar nas áreas da Usinas da Ceriluz.