O Grupo Ceriluz e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), assinaram nesta quinta-feira (6/10), às 15h, uma operação de crédito no valor de R$ 140 milhões para viabilizar a construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Linha Onze Oeste. Projetada para uma capacidade de gerar até 23,6 Megawatts (MW) quando entrar em funcionamento, a usina ficará localizada no leito do rio Ijuí, em Coronel Barros, e está orçada em quase R$ 154 milhões.
A assinatura do contrato ocorreu na Casa Ceriluz, no Parque de Exposições Wanderley Agostinho Burmann, em ato durante a EXPOFEST 2022, feira de negócios e cultura do município, e contou com a presenças do diretor de Planejamento e de Operações do BRDE, Otomar Vivian. Representando o Grupo Ceriluz participaram do ato de assinatura o presidente da Ceriluz Distribuição, Guilherme Schmidt de Pauli, o vice-presidente, Valmir Elton Seifert, e o diretor secretário, Sandro Lorenzoni. Foram convidadas autoridades locais, entre elas os prefeitos de Coronel Barros, Edson Arnt, e de Ijuí, Andrei Cossetin, além da coordenação da EXPOFEST 2022.
Uma parcela do financiamento da usina terá origem na captação de recursos que o BRDE acaba de fechar com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no total de 100 milhões de euros (cerca de R$ 511 milhões) e voltados em especial a apoiar projetos de geração de energia com fontes renováveis.
“É um projeto que tem uma característica muito importante ao aliar a missão do banco em apoiar o desenvolvimento econômico do nosso estado e, ao mesmo tempo, reforça nosso compromisso com a agenda da sustentabilidade. Estamos efetivamente deixando um legado”, frisou Vivian (foto). O projeto da Linha Onze Oeste já conta desde abril deste ano com a Licença de Instalação (LI) emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
O presidente Guilherme Schmidt de Pauli reforça a importância dessa parceria. “Esse aporte financeiro vai nos permitir acelerar a obra da usina, atingindo assim nossas metas e, consequentemente, atender nossos compromissos de venda de energia”, afirma. A PCH Linha Onze Oeste já foi contemplada em dois leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), efetivando a venda de 7,5 MW a partir de janeiro de 2025. Para Guilherme, o BRDE é fundamental para incentivar projetos desse porte. “Projetos como esse geram muitos empregos e, após concluídos, permitem uma segurança muito grande para o setor elétrico regional, tudo isso a partir de uma fonte renovável”, avalia. O presidente da Ceriluz Geração, Iloir de Pauli, complementa que esse projeto é a consolidação do planejamento feito pela Ceriluz, há alguns anos, de construir uma estrutura capaz de atender com segurança todos os associados. “Uma obra desse porte garante uma estabilidade muito grande para os associados da Ceriluz. É a garantia de energia de qualidade para todas as atividades desenvolvidas na região, sejam elas produtivas ou sociais”, comemora Iloir.
Com mais essa parceria, a relação entre o BRDE e o Grupo Ceriluz já representa ao redor de R$ 283 milhões em investimentos na geração de energia através de CGHs e PCHs. O banco já participou de outros seis projetos da cooperativa que respondem pela geração de mais de 45 MW.